08/12/08
Acontecimentos Fantásticos!
21/10/08
Silêncios
15/03/08
NO PAIN, NO GAIN; BUT TOO MUCH PAIN.... LOTS OF COMPLAIN
04/02/08
Música dos Sentidos
19/01/08
Abundância vs Autonomia
16/01/08
A Lenda da Flor de Lótus
15/01/08
A Hierarquia do Prazer
14/01/08
Sensha com pétalas de rosa e... xururu
10/01/08
Aloha 'Aina
09/01/08
O Caminho do Coração
07/01/08
O Tigre e o Dragão
Sexualidade(s)
06/01/08
Celebração de Inverno
03/01/08
Muros...
02/01/08
Desdobrando o silêncio
01/01/08
Ano Novo, Fluxo Novo
E cá dentro? Aqui dentro?
Fecho os olhos para me "ver" melhor. Sinto que a chuva lava profundamente os resíduos de antigos bloqueios e que o vento leva para longe os véus que me "disfarçaram". São as cortinas das janelas da minha vida, que impediram o sol de entrar. Agora, sem cortinas, posso finalmente admirar os pormenores - bem conservados, aliás - daquele quarto escondido dentro de mim, que recusei visitar.
Na realidade, é um quarto vazio. E esse facto ter-me-ia feito tremer de medo, não fosse a incrível sensação de tranquilidade que me preenche. Para onde foram as boas experiências da minha vida? E os meus amores, paixões e projectos? Tudo o que me fez suspirar, de antecipação ou de lembrança? Os momentos de plenitude ou sucesso? (Ups, all gone with the wind...)
Convido-me a observar a minha existência como uma longa estrada, enriquecida ao atravessar vários territórios. Se alguns trajectos foram planos, claros e com uma doce paisagem, alguns, por oposição, levaram-me a terras altas, a caminhar por trilhos apertados, irregulares e com ravinas tão profundas que me fizeram sentir as maiores vertigens. Mas concluo, que a minha tendência vai para os percursos acidentados, sem dúvida. E não poderia ser de outra forma! Retrospectivamente, consigo perceber o resultado da experiência, mas jamais conseguirei reconstituir a quantidade de força, ousadia e coragem de que necessitei para concluir essas travessias. E que direi daqueles que encontrei para me acompanharem? Daqueles que apareceram para me desafiar, para me dizerem o que eu queria esconder, mas também quem me amou de todas as formas (doce, suave, rebelde, irreverente, selvagem...), quem eu amei declarada ou silenciosamente...
Deixo-me, hoje, com um sussuro da alma escrito no inicio de todo este processo:
Abraços eternos e ternos, À luz de todas as luas de todos os tempos ; Fomos nascente, rio e cascata, Fomos animal e dele a lã, e dela o agasalho, E de novo o abraço, pleno de doçura e conforto ; Fomos terra, montanha, árvore, E delas as folhas, as flores, a fibra, Que mantém segura a casa, Fomos fogo que funde metais, Que abraça o clã e traz a luz de volta a todas as estações, Somos assim Sol e Lua, Num momento um, num momento outro, E a simplicidade espreitando entre os dois tempos !