15/03/08

NO PAIN, NO GAIN; BUT TOO MUCH PAIN.... LOTS OF COMPLAIN

Todos os grandes processos interiores geram, obrigatoriamente, grandes processos externos. É o que estou a viver.
Nalguns dias, acho que é normal, e muito desejável; noutros, nem por isso. Noutros ainda desejaria ter um botãozinho qualquer, de fácil acesso, que me permitisse desligar.
Como esse botão foi - sabiamente - "esquecido" na minha construcção vejo-me a braços com o caos, que, serenamente e de mansinho, se foi instalando na minha vida.
Desde o computador que "crashou" (pela 2ª vez!), à útil base de dados que da minha palm que - sabe-se lá porquê - simplesmente se eclipsou, até ao meu modesto tmv que "resolveu" não me indicar quem me ligou, manda as sms quando entende, ou seja, estupidamente em auto-gestão. Em resumo, comunicar tornou-se impossível.
Mas como disse, o que está fora torna-se igual ao que está dentro. Logo, esta situação faz-me pensar de que forma eu não estou a comunicar, a comunicar-me.
Neste entretanto, o meu ambiente humano questiona-se. E com razão. Onde é que eu estou? O que se passa que eu não respondo a telefonemas, mensagens?
E eu pergunto-me em que parte de mim me encontro eu fechada, ao ponto de estar assim tão inacessível.
Faz-me pensar na ostra e na pérola. A pérola forma-se a partir de toxinas que a ostra tenta, desesperadamente expulsar. Fecha-se nesse processo doloroso, produzindo enzimas para excretar essas toxinas. E ao tentar, fortemente, eliminar o intruso, eis que ele se transforma numa das mais belas ofertas com que a natureza nos brinda.
Curioso que o ser humano tenha que passar por um processo idêntico: aceitar a sua maior sombra para reconhecer a sua maior luz.
Hoje acredito na pérola da minha vida, depois do caminho que percorro...

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