05/06/09

MUDANÇAS

Lentas ou vertiginosas.
Pacíficas ou violentas.
Desejadas ou não.
As mudanças promovem o progresso.
Não te deixam estagnar ou murchar.
Trazem abundância e riqueza de bens à tua porta, para que tenhas oportunidades na vida, porque o movimento é a manifestação suprema da vida e da prosperidade. A quietude e a rotina, pelo contrário, são sinónimas de estagnação e ocaso.
Por isso decide-te e começa a mudar. Rende-te ao movimento e vê com outros olhos o curso da vida.
Ela mesma te indica o momento propício para agires sem medo e te aventurares a novos caminhos.
A mudança é um acto de fé. Nasce da luta entre o velho e o novo.
Todas as mudanças respondem a forças superiores. Por isso não há motivo para te arrependeres da transformação.
(I Ching, hexagrama 49)
Ora bem, queremos coisa mais certa e acertada? Pois então.

08/12/08

Acontecimentos Fantásticos!

Há, de facto, coisas indecifráveis, insuspeitáveis e altamente motivantes. Factos que nos empurram e nutrem a todos os níveis.
Não é a nossa mente, o nosso ego, a nossa vontade pessoal que, podendo ser férrea, é chamada para o assunto.
Sincronicidade.
Sequência perfeitamente equilibrada na espiral da vida.
Uma sala Safira: se havia ainda alguma réstia de dúvida de que a cura e a ponte entre almas estariam presentes este fim de semana, então desenganei-me completamente. Pois a Terra, grande Mãe, dispensadora e providenciadora de Vida e de Dons, respondeu oferecendo-me uma Safira!
E neste fluxo imparável de sensações, senti uma envolvência e uma alegria no contacto, uma fé inabalável no processo Divino da minha vida. O ponto de equilibrio entre a minha vida pessoal e profissional.
Bom compromisso. Sem asfixia ou maior empenho dum por falta do outro.
Verdade. Coerência.
Através de um fio condutor invisível, mas perene, presente, sólido, profundamente ancorado.
E se no hoje, encontro a visão do meu amanhã: salto?
Confiança; reencntrá-la nos meus ritmos internos. Para mim, nos outros. Amada Safira!
No entanto... no dedo trago um Rubi!
Pois...
Então é o tal 16/7 (chato!) a dar-me trabalhinho do bom: confronto das emoções e a questão do Amor integrado no individuo por oposição à profundidade e solidão.
Acho extraordinária a dança da vida, ao som do momento.
E que falar dos medos: são aqueles amiguinhos de longa, longa data que queremos deixar em casa e esconder, quando o mais simples é convidá-los a caminhar connosco na aventura da vida!
Isto hoje está mesmo, mesmo mexidinho! Por isso o meu Aquário está armado em "apressadinho", não a querer viver tudo depressa, mas a querer que passe tudo muito rápido! Para "doer" menos. Pensa ele.
Felizmente existem outras partes de mim igualmente pensantes e que gostam mesmo é de viver os processos (no tempo que fôr) para perceberem tudo direitinho.
E poder seguir viagem!

21/10/08

Silêncios

De quando em vez, o silêncio brota naturalmente em mim e na minha vida. Ou seja, fico mesmo caladinha. Por muito tempo. É como aquela semente preciosa (por só termos uma!) que deitamos na terra com cuidado, e ficamos a ver quando desponta. Sem respirar.
Por vezes o processo é rápido. Outras, muito lento. Tão lento que perco a noção do tempo. Essa semente foi lançada em profundidade, para se nutrir do sal da terra, das águas mais puras, do cristal mais límpido... Mas até lá chegar, ela passa por rochas, cascalho, barreiras intransponíveis. Assim parecem, na altura. Mas quando deixamos de querer controlar os processos, os tempos, os conteúdos, a forma, quando nos abandonamos verdadeiramente à nossa própria mestria, à mestria da própria vida, largamos tudo, largamo-nos! E... Bum! Uma micro-folhinha desponta, fresca e alegre, na nossa realidade mais tangível. Tudo se torna mais claro, mais nítido. Como esta bela luz de Outono! E depois vem a resposta do mundo e tudo cintila à nossa volta. Apenas para o nosso deleite! Como no último curso: belo reencontro de almas na alegria mais pura!

15/03/08

NO PAIN, NO GAIN; BUT TOO MUCH PAIN.... LOTS OF COMPLAIN

Todos os grandes processos interiores geram, obrigatoriamente, grandes processos externos. É o que estou a viver.
Nalguns dias, acho que é normal, e muito desejável; noutros, nem por isso. Noutros ainda desejaria ter um botãozinho qualquer, de fácil acesso, que me permitisse desligar.
Como esse botão foi - sabiamente - "esquecido" na minha construcção vejo-me a braços com o caos, que, serenamente e de mansinho, se foi instalando na minha vida.
Desde o computador que "crashou" (pela 2ª vez!), à útil base de dados que da minha palm que - sabe-se lá porquê - simplesmente se eclipsou, até ao meu modesto tmv que "resolveu" não me indicar quem me ligou, manda as sms quando entende, ou seja, estupidamente em auto-gestão. Em resumo, comunicar tornou-se impossível.
Mas como disse, o que está fora torna-se igual ao que está dentro. Logo, esta situação faz-me pensar de que forma eu não estou a comunicar, a comunicar-me.
Neste entretanto, o meu ambiente humano questiona-se. E com razão. Onde é que eu estou? O que se passa que eu não respondo a telefonemas, mensagens?
E eu pergunto-me em que parte de mim me encontro eu fechada, ao ponto de estar assim tão inacessível.
Faz-me pensar na ostra e na pérola. A pérola forma-se a partir de toxinas que a ostra tenta, desesperadamente expulsar. Fecha-se nesse processo doloroso, produzindo enzimas para excretar essas toxinas. E ao tentar, fortemente, eliminar o intruso, eis que ele se transforma numa das mais belas ofertas com que a natureza nos brinda.
Curioso que o ser humano tenha que passar por um processo idêntico: aceitar a sua maior sombra para reconhecer a sua maior luz.
Hoje acredito na pérola da minha vida, depois do caminho que percorro...

04/02/08

Música dos Sentidos

Trabalhando a Deusa torna-se impossível "desligar-me" dos Deuses que cruzam o meu caminho. Por isso quero saudar um em particular, publicando o seguinte murmúrio:
"Adoro as mulheres. Em particular adoro os lagos esmeralda que são os teus olhos. Hum, os lábios... adoro os sorrisos e os bocejos. A pele é tão macia que é caxemira, da cabeça aos pés. A pele de uma mulher inspira no homem o amor da exploração de um Magalhães. E então que dizer da barriga: fico louco. É mais o facto de ser a parte do corpo que prenuncia outros prazeres. Está tão perto e tão distante...
As curvas são como o movimento da serpente, insinuando-se. Curvas e mais curvas. E o perfume que se desdobra e revela aos poucos.
Paladar de frutos, como um néctar licoroso de uma deusa.
Danço, danças, dançamos. Olho nessas esmeraldas e somos nós. Ponte de generosidade e de amor. Dádiva da terra e do céu. Jamais me senti tão cheio de mim. Plenitude."
Bom, missão cumprida.

19/01/08

Abundância vs Autonomia

Este tema tem estado na minhas últimas reflexões.
Pedimos a manifestação da abundância, em todos os aspectos da nossa vida: pedimos companheiros de jornada, amantes, maridos/mulheres, amigos, uma carreira de sucesso, estabilidade financeira, saúde e beleza, reconhecimento pessoal e social. Enfim, tudo.
E de facto, temos toda a razão, pois a abundância total é um fluxo inerente a todo e cada ser humano. É algo, a que temos, intrinsecamente, direito enquanto pessoas desde que nascemos.
No entanto, continuamos a sentir diferentes formas e graus de privações para além de vazios imensos. A nível colectivo, o quadro é o que vemos, tão astutamente explorado pelos meios de comunicação social: a degradação, a humilhação, a fome, a ausência de um "lar", vemos a solidão e os sem-abrigo multiplicarem-se, num quadro de miséria humana que eu, como membro do grupo dos humanos, considero também minha. O meu coração chora, a minha alma sofre, a minha mente revolta-se.
E depois aparecem livros "fantásticos", com fórmulas verdadeiramente milagrosas (sobretudo para os autores que passaram de humildes desconhecidos e ilustres conhecidos) e que dissertam sobre a abundância, ou melhor, como a "atrair". E conforme versam esses livros (e há muitos) e como último exemplo temos o "Segredo", seria suficiente pedir ao Universo para que toda a Abundância se derramasse na nossa vida. A realidade é outra: fartamo-nos de pedir, mas aquilo que a nossa realidade nos mostra, mesmo, é algo completamente diferente.
Então o que é que falhou na fórmula? O que é que faz que com que a Abundância não flua, límpida e forte, como um rio amplo e tranquilo?
O meu cérebro hoje "epifanou-se". Se eu peço algo ao Universo, é natural que a Fonte Suprema me devolva tudo o que eu peço. Se considerarmos a Abundância como um líquido, e a nossa vida como a taça, podem apresentar-se então duas situações: primeiro, a taça está demasiado suja e cheia (de conceitos, bloqueios, padrões de comportamento tipo "eu não mereço") e o Universo, perfeito, diz-nos para avançarmos na limpeza determinadamente propondo-nos verdadeiras situações de cura. A segunda é a taça ter tantas ramificações que nela, à semelhança de inúmeros furos, qualquer líquido depressa se escoaria. E porque o Universo é sublime, a Abundância espera até que a taça se recomponha.
De uma forma concreta, ou eu tenho tanta coisa para resolver que não me dou tempo e reconhecimento, ou tenho muitos vínculos de dependência. Ambas as situações me impedem de viver a Abundância.
Concluo então que, antes de receber completamente aquilo que peço, talvez não seja mal pensado verificar no meu interior se me considero merecedora, digna e capaz de gerir (a nível físico, emocional, mental e espiritual) um fluxo que é infinito e interminável (pois a partir daqui não existem desculpas para os padrões de victima, de salvador) e, sobretudo, tornar-me inequivocamente, autónoma. Principalmente, desses ditos padrões.
Limpar a "casa" é preciso, e deitar fora o que já não serve, para que outras coisas venham até mim, de uma forma natural e abundantemente.
Carpe Diem!

16/01/08

A Lenda da Flor de Lótus

Certo dia, à margem de um tranquilo lago solitário, a cuja margem se erguiam frondosas árvores com perfumadas flores de mil cores, e ninhos onde aves chilreavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra. - Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva - disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza. É verdade - disse o ar. - É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos a nossa liberdade. - Não te queixes - disse a água -, pois estamos obedecendo à Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação. Por outro lado, não perdemos a nossa liberdade; tu corres de um lado para outro, à tua vontade; o irmão fogo, entra e sai por todo lado servindo a vida e a morte. Eu faço o mesmo. - Em todo o caso, sou eu quem deveria queixar-me - disse a terra - pois estou sempre imóvel, e mesmo sem a minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço. - Não entristeçais a minha felicidade ao ver-nos - tornou a dizer o fogo - com discussões supérfulas. É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontrarmos fora da forma. Regozijemo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago formado pela nossa união. Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo. Cada um contou o que fez durante a sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se ter prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se regozijaram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente para o seu trabalho. No meio de tanta grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! como ele era ingrato. Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Tiveram o desejo de retirar a sua cooperação e privá-lo de realizar as suas experiências no plano físico. Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos. Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse através das idades a felicidade de seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um, harmoniosamente combinados, fosse também a expressão das suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Houve muitos projectos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes. Por fim, reflectindo-se no lago, os quatro disseram: - E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela? - A ideia pareceu digna de experiência. Eu porei as melhores forças de minhas entranhas - disse a terra - e alimentarei suas raízes. - Eu porei as melhores ninfas de meus seios - disse a água - e farei crescer sua haste. - Eu porei minhas melhores brisas - disse o ar - e tonificarei a planta. - Eu porei todo o rmeu calor - disse o fogo - para dar às suas pétalas as mais magníficas cores. Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a e a planta entrou na flora regional, saudada como rainha. Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago com a sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana. Consultaram-se os astros, e foi fixada a data de 8 de Maio - quando a Terra está sob a influência da Constelação de Touro, símbolo do Poder Criador - para a comemoração que desde épocas remotas se tem perpetuado através das idades. Foi espalhada esta comemoração por todos os países do Ocidente, e, em 1948, o dia 8 de Maio se tomou também o "Dia da Paz".